terça-feira, 21 de junho de 2011

Nasa lança satélite de observação dos oceanos

A agência espacial americana lançou hoje (10) às 11h20 (horário de Brasília) o satélite que vai observar os níveis de sal na superfície dos oceanos, e como as mudanças de salinidade podem estar relacionados ao clima futuro. O projeto conta com a participação do Brasil e da Argentina.
"A nave Aquarius/SAC-D foi fechada para o voo e está pronta para seu lançamento", afirmou a Nasa. O primeiro andar separou-se sem inconvenientes aos 4,32 minutos depois do lançamento. A separação do satélite do segundo andar ocorreu um pouco mais de 57 minutos depois.
O instrumento científico foi enviado em órbita com o objetivo de traçar o mapa da totalidade do oceano aberto a partir de seu posicionamento a 657 km sobre a Terra, produzindo estimativas mensais que mostrarão como os níveis de sal oceânico influenciam nas temperaturas.

A missão tem custo de 400 milhões de dólares é uma parceria entre a Nasa e a agência espacial argentina (CONAE). Outros países também participam do projeto, como Brasil, Canadá, França e Itália.
Terá como objetivo traçar o mapa da totalidade dos oceanos a cada sete dias, a partir de sua posição de 657 km sobre a Terra, produzindo estimativas mensais que vão mostrar como os níveis de sal mudam com o tempo e a localização, explicou a Nasa.
Para isso, o Aquarius foi equipado com três receptores de rádio ultrassensíveis que gravarão as frágeis radiações de micro-ondas emitidas naturalmente pelos oceanos.
Essas emissões variam em função da condutividade elétrica da água, diretamente relacionada à salinidade.
O satélite também transportará instrumentos para "reunir dados ecológicos que terão uma grande variedade de aplicações, como estudos sobre os riscos naturais, a qualidade do ar, a evolução dos solos e a epidemologia", explica a Nasa.
O salélite europeu Smos, lançado em 2009, já estuda a salinidade dos oceanos, mas o Aquarius permitirá melhorar os conhecimentos científicos graças à precisão de seus dados.
"O Aquarius é um componente essencial de nosso trabalho nas ciências da Terra e pertence à próxima geração de observatórios orbitais que vão melhorar os conhecimentos sobre nossso planeta", disse Lori Garver, diretora adjunta da Nasa em comunicado.
"A informação obtida graças a essa missão permitirá melhorar nosso entendimento dos oceanos", assegurou por sua vez Michael Freilich, diretor da Divisão de Ciências da Terra da Nasa, em
A Nasa apontou que esta missão permitirá medir os níveis de sal da superfície dos oceanos "de forma mais detalhada", como jamais foi feito, o que vai melhorar a capacidade de prever o clima, disse em maio Gary Lagerloef, responsável pelo projeto.
O instrumento científico, de 400 milhões de dólares, foi criado em cooperação com Argentina, Brasil, Canadá, Itália e França.
O lançamento da Nasa ocorre três meses depois da perda de Glory, um satélite de observação da Terra de 424 milhões de dólares que não conseguiu se separar de seu sistema de propulsão e se destruiu no oceano.

O lançamento foi o primeiro dos cinco previstos para este ano pela United Launch Alliance, a parceria para a construção de foguetes Lockheed Martin Corp. e Boeing Co.. As outras missões da United Launch Alliance compreendem o lançamento da espaçonave Juno para Júpiter, Grail para a Lua, o satélite de estudo ambiental NPP, e o Mars Science Laboratory para a superfície de Marte.

(Com informações da AP e da AFP)

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