segunda-feira, 20 de junho de 2011

Eclipse reúne amantes da astronomi

Eclipse reúne amantes da astronomia
Apesar de ser mais comum, o eclipse lunar também atrai a atenção de curiosos pela beleza da Lua, que fica avermelhada
Bruna Dias
Não é sempre que se tem a oportunidade de apreciar um eclipse lunar. Este e outros fenômenos, além de planetas, estrelas e cometas, fazem com que amantes da astronomia se juntem para aprender ainda mais sobre os “caprichos” do sistema solar e voltem seus olhares curiosos apenas para o céu.

O eclipse lunar parcial que aconteceu no início da noite de ontem reuniu um grupo de 11 estudantes no Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru. Quem possui telescópio, como Angelo Frigério Neto, 72 anos, curtiu o fenômeno na própria residência.

O físico e mestrando na área, Marcelo Gomes Bacha explica que o eclipse solar é diferente do lunar. “Quando a Lua passa na frente do Sol, ela produz uma pequena sombra na Terra. Como a distância entre a Lua e a Terra varia, quando ela está exatamente 400 vezes mais próxima do Sol, consegue produzir uma sombra na Terra que chamamos de eclipse total. Então, nesse eclipse nós deixamos de enxergar o Sol”, explicou.

Já quando a Lua passa por trás do planeta Terra, a sombra é maior. No entanto, a atmosfera interfere na luminosidade que chega do outro lado e dissipa a luz de cor vermelha. Por isso, ao invés de não enxergarmos a Lua, conseguimos visualizá-la em um tom avermelhado. Com isso, a Lua ganha uma nuance toda especial e acaba atraindo, inclusive, quem não tem nenhuma noção de astronomia.





Vista privilegiada


Em Bauru foi possível notar a Lua parcialmente avermelhada ontem por conta da localização da cidade, que fica mais próxima do hemisfério Sul do planeta.

Em países como a África, a Lua pôde ser vista totalmente avermelhada. O eclipse deveria durar pouco mais de uma hora, segundo a expectativa de um software avançado utilizado pelos alunos do grupo de orientação do Observatório de Astronomia da Unesp de Bauru.

No final da tarde de ontem, os 11 alunos que compõem um grupo de orientação do Observatório da universidade começaram a preparar os telescópios para observar o fenômeno “mais de perto”, apesar de poder ser visto a olho nu. Thaís Machado, estudante do segundo ano do curso de física da Unesp e membro do grupo, estava ansiosa.

“Apesar de estudar física e ser parte do grupo, eu nunca vi um eclipse assim, mais de perto. Estou ansiosa. O último eclipse lunar aconteceu em abril do ano passado. Os eclipses lunares acontecem com mais frequência, diferente dos solares, que demoram mais para acontecer”, disse a estudante.

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